29/03/2023 Tempo de leitura: 5 minutos

Dexco encerra 2022 com EBITDA de R$ 1,9 bilhão

Apesar do cenário desafiador, a empresa encerrou o ano com resultados saudáveis e bons indicadores em importantes negócios

A Dexco, detentora das marcas Deca, Portinari, Hydra, Duratex, Castelatto, Ceusa e Durafloor, registrou EBITDA ajustado e recorrente pro-forma de R$ 1,9 bilhão no ano de 2022, com margem EBITDA de 20,4%. A Receita Líquida foi de R$ 8,5 bilhões no consolidado do ano, crescimento de 4% na comparação com 2021. Os números saudáveis, mesmo diante de um contexto externo desafiador para o setor, refletem a confiança dos clientes e consumidores nos produtos e marcas da Companhia.O Lucro Líquido foi de R$ 771 milhões no ano de 2022, queda de 33% na comparação com o ano anterior.

“O cenário econômico impõe desafios setoriais importantes, com retração de demanda para alguns dos nossos negócios, ao mesmo tempo em que há pressão de taxa de juros e inflação. São dados da realidade que enfraquecem o poder de compra dos consumidores. Mesmo diante disso, conseguimos entregar o segundo melhor ano da história da Dexco em termos de EBITDA e o melhor ano em receita, o que mostra que estamos em um patamar de resiliência consolidado. Conseguir esse resultado, diante das circunstâncias externas, não foi uma tarefa trivial”, destaca Antonio Joaquim de Oliveira, Presidente da Dexco.

O quarto trimestre foi especialmente desafiador para a empresa e para seus setores de atuação. Ainda assim, a Dexco fechou os últimos três meses de 2022 com Receita Líquida de R$ 1,98 bilhão (-12% quando comparado ao 4T21). O EBITDA ajustado e recorrente do quarto trimestre de 2022 foi de R$ 517 milhões, já incorporando os R$ 151 milhões de contribuição consolidada da LD Celulose, que entrou em fase 100% operacional justamente no 4T22. O Lucro Líquido do trimestre foi de R$ 207 milhões (-49% contra o 4T21).

Saúde financeira e gestão de passivos garantem a solidez da Dexco

A Dexco encerrou 2022 com uma alavancagem de 2,3x, que está em linha com a estratégia da empresa de manter a alavancagem controlada no momento em que continua com o seu plano de investimentos para expansão orgânica no Brasil. “Esse crescimento na alavancagem é esperado e natural, dado que a Dexco segue aportando recursos para cumprir o plano de investimentos estratégicos anunciado e que são importantes para os negócios no médio e longo prazos”, relata Francisco Semeraro, CFO da Dexco.

Apenas em 2022, foram investidos R$ 404 milhões nos projetos estratégicos anunciados em 2021. Deste valor foram aportados R$ 190 milhões para a construção da nova unidade de revestimentos cerâmicos em São Paulo; R$ 116 milhões para projetos que visam incrementar a produtividade, melhorar mix e aprimorar a automação nos negócios da Deca, em diferentes unidades produtivas; além de R$ 98 milhões para melhoria do mix de painéis, desgargalamento de infraestrutura fabril e expansão florestal nos negócios de madeira.

Adicionalmente, os movimentos de liability management da Dexco no ano foram bem-sucedidos. O prazo médio da dívida da Companhia chegou a 4,1 anos, com alongado de 1,1 ano apenas em 2022. Agora, cerca de 84% da dívida da empresa tem o perfil de longo prazo, o que oferece tranquilidade para a tomada de decisão pela administração. A atual disponibilidade de caixa da Dexco e suas linhas de créditos garantidas seriam suficientes para fazer frente ao seu endividamento até o final de 2025, o que traz tranquilidade para a administração na alocação de investimentos e recursos.

Destaques entre as unidades de negócios

A divisão de Madeira, com as marcas Duratex e Durafloor, apresentou EBITDA ajustado e recorrente de R$ 1,19 bilhão no consolidado do ano (-20% na comparação com 2021). No quarto trimestre, o EBITDA foi de R$ 291 milhões, queda de 25% quando comparado ao 4T21. Já a Receita Líquida registrou crescimento de 9% na comparação anual, chegando a R$ 5,2 bilhões. No trimestre, a receita líquida foi de R$ 1,2 bilhão, uma queda de 4% em relação ao 4T21. No ano, a divisão apresentou ganhos de market share e melhora de mix, já resultado dos investimentos realizados para incrementar a produtividade das fábricas, o que sustentou os patamares de receita, apesar da pressão inflacionária e custos de frete impactando os negócios.

A unidade de negócios traz uma perspectiva positiva para o longo prazo, já que o investimento conduzido pela Dexco para recomposição e expansão de ativos florestais deve se consolidar, cada vez mais, como um diferencial competitivo, dado que não há vasta disponibilidade de florestas no Brasil. “Confiamos que esse investimento para ampliação da base florestal fará frente aos novos ciclos de crescimento da unidade de madeira e pode igualmente ser gerador de novas oportunidades”, ressalta Antonio Joaquim.

Já a divisão de celulose solúvel, representada pela LD Celulose, joint venture entre a Dexco e a austríaca Lenzing, entrou em fase 100% operacional no quarto trimestre e já contribuiu de maneira relevante para o EBITDA anual da Dexco, com contribuição de R$ 194 milhões. Mesmo em um cenário de custos pressionados, a empresa apresentou Lucro Líquido de R$ 99 milhões, com uma Receita Líquida de R$ 875 milhões. Para 2023, quando a operação rodará a 100% de capacidade, a LD Celulose oferece expectativas de contribuição ainda mais expressivas para os resultados da Dexco. A divisão de louças e metais, com as marcas Deca e Hydra, sofreu impacto do cenário externo desafiador e registrou EBITDA ajustado e recorrente de R$ 311 milhões em 2022, queda de 24% na comparação com o ano anterior. A unidade apresentou queda de 56% no EBITDA no quarto trimestre, chegando a R$ 52 milhões. Já a divisão de Revestimentos, que atua com as marcas Ceusa, Portinari e Castelatto, também sentiu a piora na demanda e apresentou EBITDA ajustado e recorrente de R$ 234 milhões no consolidado anual, queda de 22%. No quatro trimestre, a unidade registrou queda de 73% no EBITDA na comparação com o mesmo período de 2021, fechando o período em R$ 23 milhões. “É possível vislumbrar chance de evolução para esses segmentos de negócio no segundo semestre de 2023, quando diversos empreendimentos imobiliários, que tiveram lançamento e início de construção em 2021, chegam ao patamar de entrega e acabamento, o que beneficia os negócios da Dexco. Estamos aprimorando nossa capacidade produtiva e a gestão do nosso mix para estarmos preparados para esse movimento’, afirma Francisco Semeraro.

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