12/05/2023 Tempo de leitura: 4 minutos

Dexco encerra o primeiro trimestre com EBITDA de R$ 484 milhões

Mesmo diante do cenário economicamente desafiador, a empresa apresentou resultado resiliente

A Dexco, detentora das marcas Deca, Portinari, Hydra, Duratex, Castelatto, Ceusa e Durafloor, registrou Receita Líquida de R$ 1,71 bilhão no primeiro trimestre, redução de 19,7% na comparação com o 1T22. O EBITDA ajustado e recorrente do ano foi de R$ 484 milhões, com margem EBITDA de 20,6%. Foram números saudáveis, mesmo diante de um contexto econômico bastante desafiador para os segmentos de atuação da empresa. O Lucro Líquido de R$ 109 milhões no primeiro trimestre de 2023 teve queda de 45% na comparação com mesmo período do ano anterior.

“Os primeiros meses de 2023 foram de reconhecida instabilidade econômica no país. Trata-se de um fenômeno que atingiu diversos setores da economia, entre eles os segmentos de construção, reforma e bens de consumo. Diante dos desafios, os negócios da empresa apresentaram impactos variados. Porém, já é possível observar indicadores promissores para os próximos trimestres”, destaca Antonio Joaquim de Oliveira, CEO da Dexco.

Um claro exemplo é o negócio de Celulose Solúvel, representado pela LD Celulose, joint venture entre a Dexco e a austríaca Lenzing, que continua com indicadores bastante favoráveis. Mesmo em cenário de pressão de custos devido a parada programada de manutenção, o negócio apresentou 92 mil toneladas de volume vendido e possibilitou a importante contribuição de R$ 133,2 milhões ao EBITDA trimestral da Dexco. “A expectativa é que a LD Celulose, que entrou em fase 100% operacional no último trimestre de 2022, se consolide e contribua cada vez mais para os nossos resultados”, completa Antônio Joaquim.

Gestão estratégica e investimentos

A Dexco fechou o 1T23 com alavancagem de 2,7x, com crescimentoem relação ao mesmo período do ano anterior, mas ainda em patamar saudável e condizente com a estrutura de capital que a empresa tem hoje.“A companhiaenxerga como natural uma alavancagem em patamar de até 3,5x diante de um cenário de continuidade do plano de investimentos para expansão orgânica de ativos, como o que ocorre atualmente na Dexco”,afirma Francisco Semeraro, CFO da Dexco.

No trimestre, a companhia manteve inalterado o seu plano de investimentos para crescimento orgânico no país, mesmo diante do cenário reconhecidamente desafiador. Foram R$ 21 milhões em projetos de produtividade, melhora de mix e automação de Deca; R$ 15 milhões na nova unidade de revestimentos cerâmicos em Botucatu (SP); e R$ 13 milhões para melhora de mix de painéis de madeira, melhorias fabris e expansão florestal.

Além disso, os processos de liability management liderados pela empresa seguem entregando bons resultados no alongamento da dívida, com aumento de 17 p.p na dívida de longo prazo na comparação anual. Atualmente, 85% do estoque de dívida da empresa é de longo prazo, com perfil médio de 3,9 anos, trazendo maior conforto para tomada de decisão e alocação de capital, diante das dificuldades do cenário externo. “Essa soma de fatores de solidez financeira proporcionou à Dexco a recente manutenção do seu rating global em BB+ pela agência Fitch”, ressalta Semeraro.

A empresa também aportou R$ 140 milhões em Capex Sustaining, com foco no processo de reflorestamento. “A Dexco confia na estratégia de investimento no incremento do seu ativo florestal, pois entende que esse será um importante diferencial para o futuro, diante da menor disponibilidade de madeira no Brasil”, complementa o executivo.

Destaques entre as unidades de negócios

A divisão Madeira, com as marcas Duratex e Durafloor, apresentou EBITDA ajustado e recorrente de R$ 332 milhões no primeiro trimestre de 2023, o que representa queda de 7,7% na comparação anual, porém, 13,9% acima do 4T22. Já a Receita Líquida encerrou o período em R$ 1.137 milhões, 15,7% menor do que o 1T22. “É importante ressaltar, porém, que a divisão de madeira apresentou aumento de margem, que chegou a 29,1%, contra 26,6% no primeiro trimestre de 2022. Esse crescimento demonstra acerto no processo produtivo e na estratégia de portfólio, mesmo diante do cenário economicamente instável”, avalia Antonio Joaquim.

A unidade de negócios tem conseguido sustentar patamares de rentabilidade, o que comprova a resiliência da divisão frente à instabilidade do mercado. Ela também traz perspectivas positivas para o longo prazo, já que o investimento conduzido pela Dexco para recomposição e expansão de ativos florestais deve se consolidar, cada vez mais, como um diferencial competitivo.


Já a divisão Acabamentos para a Construção foi mais impactada pela piora do mercado. A unidade de louças e metais, com as marcas Deca e Hydra, apresentou retração nas vendas, em especial dos produtos de maior valor agregado, e pressão de custos impactando as margens, encerrando o trimestre com EBITDA ajustado e recorrente de R$ 22 milhões. A unidade de revestimentos, que atua com as marcas Ceusa, Portinari e Castelatto, também sentiu a piora na demanda. Isso se somou ao alongamento das paradas das fábricas de revestimentos cerâmicos e resultou em EBITDA ajustado e recorrente negativo de R$ 2,4 milhões no 1T23.

“É importante ressaltar que já foi possível perceber uma recuperação de vendas no setor a partir do mês de março, com perspectiva de crescimento nos próximos meses, e expectativa de aumento das exportações de painéis de madeira e revestimentos. Além disso, é possível vislumbrar chance de evolução para esses segmentos de negócio no segundo semestre de 2023, quando diversos empreendimentos imobiliários, que tiveram lançamento e início de construção em 2021, chegam ao patamar de entrega e acabamento, o que beneficia os negócios da Dexco. O cenário de estoque mais equilibrado oferece expectativa positiva de captura do potencial aumento de demanda”, explica Francisco Semeraro.

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