26/10/2022 Tempo de leitura: 5 minutos

Dexco encerra o terceiro trimestre com EBITDA de R$ 416 milhões 

EBITDA acumulado nos nove primeiros meses de 2022, de R$ 1,36 bi, demonstra o novo patamar da empresa, apesar do cenário desafiador 

 A Dexco, detentora das marcas Deca, Portinari, Hydra, Duratex, Castelatto, Ceusa e Durafloor, encerrou o terceiro trimestre do ano com EBITDA ajustado e recorrente de R$ 416 milhões, 31% menor do que no 3T21. Uma análise aprofundada dos números sinaliza que a empresa está em um novo patamar de solidez, pois mesmo em um período economicamente desafiador, chegou a um EBITDA ajustado e recorrente de R$ 1,36 bilhão nos primeiros 9 meses de 2022, superando o resultado alcançado pela empresa em todo o ano de 2020. 

A Receita Líquida foi de R$ 2,16 bilhões no terceiro trimestre de 2022, redução de 1% na comparação com o mesmo período do ano passado, confirmando o melhor posicionamento dos produtos da Companhia no mercado e melhora nos patamares de preços. No acumulado de 2022, a Receita Líquida chegou a R$ 6,50 bilhões, alta de 10% em um ano. 

No trimestre, a Dexco registrou Lucro Líquido Recorrente de R$ 163,9 milhões, enquanto no acumulado do ano esse valor foi de R$ 564,1 milhões. 

“O setor atravessa um momento desafiador, com retração de mercado, pressão de custos e inflação, que acabam por reduzir o poder de compra do consumidor. Isso impacta os nossos resultados, especialmente se compararmos com o ano passado, que foi o melhor da história da companhia. Apesar disso, o patamar de EBITDA nos primeiros nove meses do ano, superior ao ano de 2020, demonstra a nossa resiliência”, afirma Antônio Joaquim de Oliveira, CEO da Dexco

Gestão financeira equilibrada 

A gestão financeira da Dexco apresenta resultados sólidos. A alavancagem se consolidou em 2,0x no trimestre, em patamar saudável para as operações da companhia. Vale ressaltar que a empresa aprovou renovação da linha de crédito rotativo (“Revolving Credit Facility”) no valor de R$ 500 milhões, com disponibilidade para saque em até 12 meses, reforçando a liquidez da Companhia. 

O pequeno crescimento na alavancagem na comparação com o 2T22 acontece em função da decisão da Dexco em manter seu plano de investimentos no Brasil e recomposição de estoques, em parte de forma planejada, mas também devido à situação do mercado. “Apesar da pressão sentida no fluxo de caixa, a companhia manteve um capital de giro sobre a receita em patamares baixos, em torno de 16%, e aumentou os estoques para recomposição do nível de serviço”, afirma Henrique Haddad, CFO e Diretor de Relações com Investidores da Dexco. Para o executivo, a empresa está em fase de adequação operacional após o forte ano de 2021. “Em função do cenário de demanda fora da curva dos produtos em 2021, agora estamos recompondo os estoques para níveis que consideramos saudáveis para a operação, e, naturalmente administrando a volatilidade do mercado”, ressalta. 


“A Dexco mantém seu plano de investimento em projetos estratégicos e nos nove primeiros meses de 2022 já aportou R$ 339 milhões, conforme anunciado no ano passado. Ou seja, utilizamos caixa da empresa para construir as bases para o nosso crescimento sustentável no futuro”, destaca  Haddad. No período, foram investidos R$ 169 milhões na nova unidade de revestimentos cerâmicos em São Paulo; R$ 94 milhões para projetos que visam incrementar a produtividade, melhorar mix e aprimorar a automação nos negócios da Deca; e R$ 76 milhões para melhoria do mix de painéis, melhoria da infraestrutura fabril e expansão florestal nos negócios de madeira. 

Rotas de crescimento para o futuro 

A Dexco confirma, com os resultados apresentados, confiança na rota de crescimento anunciada, bem como no direcionamento estratégico dado aos seus negócios. Um exemplo é a nova Divisão de Celulose Solúvel, representada pela LD Celulose, joint venture entre a Dexco e a austríaca Lenzing. O negócio está em fase pré-operacional e, portanto, não teve seus números refletidos nos resultados recorrentes da Dexco no 3T22. Seus resultados já são positivos com volume vendido de 45 mil toneladas no trimestre e EBITDA positivo de US$ 23 milhões no período. No acumulado do ano, a operação da fábrica iniciada em abril já registrou EBITDA de US$ 12 milhões.   

“Os nossos números recorrentes do terceiro trimestre ainda não incluem os resultados da LD Celulose, justamente porque ela está em fase pré-operacional. A previsão é que os resultados sejam incorporados no 4T22, o que nos garante nova frente de crescimento”, explica Antônio Joaquim de Oliveira. Vale ressaltar que o custo de produção do DWP no Brasil é mais baixo do que o de outros países e o mais competitivo do mundo, apesar dos desafios de curto prazo em função da instabilidade global. Além disso, os preços de DWP continuam em bom patamar, com boas perspectivas de médio prazo. 

O investimento conduzido pela Dexco em reflorestamento também se mostra uma estrada importante para geração de valor nos negócios de madeira, com Duratex e Durafloor. Os investimentos para recomposição de ativos florestais é um diferencial, dado que não há vasta disponibilidade de florestas no Brasil. “Nesse sentido, a Dexco confia que o investimento para ampliação da base florestal no Nordeste é uma decisão estratégica fundamental pensando no futuro”, ressalta o executivo. 

Resultados por divisão de negócio 

A Divisão de Madeira, com as marcas Duratex e Durafloor, apresentou EBITDA ajustado e recorrente de R$ 276 milhões no terceiro trimestre, queda de 21% quando comparado ao 3T21. A receita líquida registrou crescimento de 4% na comparação com o mesmo período de 2021, alcançando R$ 1,29 bilhão. No trimestre, mesmo em meio à piora do mercado, a Divisão seguiu apresentando ganhos de market share devido ao melhor posicionamento da Companhia frente a seus clientes e parceiros. 

A Divisão de Louças e Metais, com as marcas Deca e Hydra, foi mais afetada pelo cenário de mercado muito sensível e, com isso, registrou EBITDA ajustado e recorrente de R$ 73 milhões no 3T22, 47% menor na comparação com o terceiro trimestre de 2021. Também ocorreu queda de 5% na Receita Líquida da divisão, apesar dos ganhos significativos decorrentes dos aumentos de preço, que levaram a alta de 17,7% no trimestre de 25% nos nove primeiros meses de 2022. Isso demonstra a evolução positiva da estratégia de melhora de mix de produtos que vem sendo implementada. 

Já a Divisão de Revestimentos, que atua com as marcas Ceusa, Portinari e Castelatto, também foi afetada e apresentou EBITDA ajustado e recorrente de R$ 66,3 milhões no 3T22, queda de 19% no período. A Companhia conseguiu atuar para melhorar o seu mix de produtos e de preços, compensando o aumento do custo do gás natural, com ganhos de margem bruta. 

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